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sábado, 28 de julho de 2012

Sobre meus textos e as poucas leituras no Recanto das Letras

    Sobre meus textos e as poucas leituras no Recanto das Letras
    
        Estou no Recanto das Letras desde 13/05/2008.
        Aqui é onde exercito meu lado poeta, meus delírios, minha criatividade. Não o faço por uma ambição de reconhecimento, é muito mais por prazer, mas, como todo artista, adoro ver minha obra admirada, comentada, e quiçá elogiada.
        Por algumas vezes quis sair, encerrar a conta ensaiei participar de outros tantos sites que divulgam a Poesia, de muitos gostei, outros nem tanto, mas fixei-me mesmo aqui.   Parece um porto seguro poético. Uma cachaça.Um vício.
        Quando por alguma razão não venho aqui, sinto falta. Algumas vezes por doença precisei ficar distante e confesso que senti muito.
        Entretanto, andei observando alguns dados, neste meio tempo produzi 2001 textos, entre vários estilos poéticos, tive 52.798 leituras e surpreendentemente alguns textos com zero leitura, outros com uma ou duas e assim vai.
        Já “queixei” a tantos por isso, por essa falta de leitura em detrimento de pessoas que as tem em volume absurdamente exagerado.
Depois decidi relaxar. Hoje entendi republicar meus textos menos lidos, e começo por aqueles que tiveram entre uma e duas leituras.
         A alguns, quem sabe uma “Roupa nova”, mas não mudarei a essência, por isso vou considerar republicações.
        Início com este Tautotrix.






Louca lucidez

Lascivo levitar.
Lúbrico luar

Luxurioso latejar.



23/10/2010







Desalinho- Tautotrix, republicação



Desalinho

Deixar desfalecer
Deitado descansar
Desvario do desejar...




 Em, 21/08/10



                                              

Versejar - tautotrix, republicação

Versejar

Ver, olhar
Vislumbrar
Vivenciar...


 

 
Em, 13/08/10




A ....poesia e eu .....republicação



A poesia e eu...

Quando faço poesia,
É quase como derramar,
Encho a alma de alegria,
E verto de mim um clamar,
E mesmo que tudo não passe de fantasia,
E mesmo que emoção em dor possa transformar,
Sonho que os versos, ainda que tardia,
Dirão do puro sentir, do coração o falar,
Hão de trazer surpresas, além da dor, da elegia.





Em 14 de março de 2012.


Haicai 269 - Republicação

 
                                                                             


Haicai 269

Gotinhas de orvalho
Percorrendo delicadas
Pela folha verde.


Em, 11/11/10



Ser poeta?


                      



 Ser poeta?

Poeta? Não sei se é um querer,
Sei, já nasci com alma assim,
Meio lírico e meio sem saber,
Fazia poemas curtos, só para mim...

Fiz desenhos de moda, rabisquei,
Compunha trovas em sonhos, fantasia,
Meu universo era distinto, isso sei,
Em mim, um mar de acordes, melodia...

Idéias soltas, vagas, ao léu escrevia,
Mas logo um som vinha brotando,
Uma linha, uma rima se desenhando
E lá ia eu viajando, fazendo poesia.

Hoje, brinco com letras, palavras, formas
De quase tudo um pouco eu me atrevo
Vem sempre de mim, sem regras ou normas
Sem sentir, perceber, um verso escrevo...

Sou poeta? Não sei, sei que assim nasci
Um coração pulsante, um ser viajante,
Distraída, esquecida, desatenta, navegante
Uma certa poetisa vez ou outra pousa aqui...

 Se sou poeta? De fato, não sei, quem sabe, talvez...
Sei que me encantam, luas que nem sei contar,
Se ser poeta é esse caminho torto, seco de avidez,
Então sim, sou alguém que esboça pelo verso o olhar.


POE de 03/11/10, mote: Por que você quer ser poeta?

Laboratório de Criações Coletivas – RL



Ler é......

Ler é...


É plena libertação

No tempo fazer escalas
Ler é soltar-se do chão
Viagem sem peso e sem malas.




Inferno Astral - EC

Inferno Astral - EC

Parecendo coisa feita
Faço figa, sinal da cruz, oração
Mas é sempre uma desfeita
Pra murchar o meu tesão!

 

Novenas e ladainhas
Velas e terços mil
Agarro-me nas Santinhas
E cadê? Foi-se! Sumiu!

Rezo pra ter mais saúde
Rezo pra ganhar mais dim dim
Broncas a torto e amiúde
Tem uma nuvenzinha em mim!



Ando só, fazendo festa

Beijo na boca, cadê?
Nem um chamego me resta
Faço nada, faço o quê?

Quero um cheiro, um agrado
Sem broncas, sem confusão
Só me vem fruto estragado
Parece “inté” assombração!

Sai pra lá ave de mau agouro!
Xô perrengue, xô mau olhado!
Que venham sucessos, estouro!
Sai pra lá trem mandingado!



Santo Antônio, São João,
Expedito e Aparecida
Rezo: fora assombração!
Quero proteção desmedida!

Vou continuar rezando,

Assombração? Aparece...
Mas não deixo ficar azarando,
Toma teu rumo, desaparece!

 
 

*****

Este texto faz parte do Exercício Criativo - Quanto Mais Eu Rezo...
Saiba mais, conheça os outros textos:

http://encantodasletras.50webs.com/qtomaiseurezo.htm







Rezo dez Ave-Marias,
o Pai-Nosso inteirinho.
Pra começar bem o dia
Faço prece pro Santinho.

Deus me livre, me proteja
,do feitiço, mau olhado
Vele por mim ? assim seja!
Assim estou bem guardado

Mas na primeira esquina,
encontro meu desafeto.
Será esta a minha sina?
Vazo pra outra, direto!

Sigo feliz meu caminho,
fazendo o sinal da cruz.
- obrigada, meu santinho,
por me mandar esta luz!








Luxuosa participação de Milla Pereira!







Se santo não resolver
 Tome banho de urtiga
Pro marido aparecer
Uma sopa de formiga.

Com arruda temperada
Faz o dito enlouquecer
Use sempre um patuá
Pra mau olhado afastar!

 Peninha de sabiá
Na carteira prá ajudar
O dindin se hospedar!

Participação graciosa de Conceição Gomes


E por falar em trova e trovador.....

E por falar em Trova e Trovador....
 

     Dia 18 de julho, foi dedicado ao trovador, e eu, dado tantos afazeres, deixei passar em branco. Mas venho aqui um dia depois me redimir e trazer minha singela homenagem a esse poeta maravilhoso, que produz trovas!
     Já dizia o querido e inesquecível Jorge Amado: “Não pode haver criação literária mais popular e que mais fale diretamente ao coração do povo do que a trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e por isto mesmo a trova e o trovador são imortais”.
 
     Pois é, a data surge em função do nascimento de Gilson de Castro (RJ), cujo pseudônimo literário é Luiz Otávio e por ele ter, junto a J.G. de Araújo Jorge, começado a estudar e divulgar a quadra mais popular brasileira junto a um seleto grupo de poetas.

 
     Vamos a algumas citações interessantes:

 I - O termo trova, do francês, "trouber" (achar) nos indica que os trovadores devem "achar" o motivo de sua poesia ou de suas canções. Segundo Aurélio Buarque de Holanda, trovador é "na Idade Média, poeta ambulante que cantava seus poemas ao som de instrumentos musicais; menestrel; poeta; vate".

II - Segundo o escritor Jorge Amado: "Não pode haver criação literária mais popular e que mais fale diretamente ao coração do povo do que a Trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e por isto mesmo a Trova e o Trovador são imortais".
Todo Trovador é poeta mas nem todo poeta é trovador. Nem todos os poetas sabem metrificar, fazer o verso medido.
Poeta para ser Poeta precisa saber metrificação, saber contar o verso. Se não souber o que é escansão, ou seja, medir o verso, não é Poeta.
 

      Particularmente, me exercito no mundo encantado das trovas, e trago aqui, em homenagem a data três de minhas trovas, uma, com considerável número de leituras no recanto, outra nem tanto.

Viva a trova e o Trovador!

 

Trovas - Quem bom que as trovas existem I (18/10/08)

 

As trovas são com canção
Trazem alegria ao viver
Trovas são feitas de emoção
Enternecem o nosso ser!

Fazer trovas é revelar
O que vai ao sentimento
Sobre a vida poder falar
Alegria ou sofrimento.

Bom saber que trova existe
Para nossa história contar
Seja ela alegre ou triste
Ao sentir faz registrar!



Que bom que as trovas existem II (27/10/08)

 

Nas trovas muito se escreve
Sobre saudade e solidão
De amores longos ou breves
De loucuras e de
paixão!

Vamos às trovas, porque não?
Da vida fazer poesia
Descrevendo nossa emoção
Desenho em letras, magia!


Trova_dor (24/10/10)


Cato letras pelo rumo
Nascem versos do pensar
Metrificando acho o prumo
Rimando sigo a trovar.

Trovo as cores, a alegria
Trovo o triste, a solidão
Trovo a esperança tardia
Trovo o sim e trovo não.

Com o hoje faço trova
E também com amanhã
Passado foi a melhor prova
Do tempo sou guardiã.

Trovo aqui, trovo acolá
Trovando sigo destino
Trovando onde quer que eu vá.
Fazer trova é meu tino.

Faço trova e vou cantando
Tentando esconder a dor
Ser trovador, até quando?
Até que feneça o amor.

Ainda que finde a paixão
Que acabem as esperanças
Acalmarei o coração
Fazendo trova na andança.

Porque trovador eu sou
Trovas é como respirar
Há verso por onde vou
Um vício, necessitar.

 




Artesã das palavras...


Passeando entre meus inventos poéticos, me deparei com este, e decidi republicar, carinho especial por ele, publicado em 01/06/2009.



Artesã das palavras...






Qual tecelã e o tear,
Vou remontando palavras,
Fio a fio,
Palavra pós palavra,

Verso a verso,
Pontos, laçadas,
E faz-se a teia,
Engendrada...






Frase, junções, inspiradas.
E entrelaçam-se versos, fiam-se estrofes,
Linhas, fios, nós, arremates,
Suores e mãos fortes,
E surge a rede.
De pescar, deitar...
Belas e com varandas rendadas...
Prontas para colher, acolher, embalar,
Fazer sonhar...





Entrecortados, entremeios,
Ousados devaneios,
Delírios dolentes da composição,
Fadiga, sacrifício, mãos rijas também,
E irrompe a poesia!
Que rima com dia,
Com lua nova,
 A embalar sonhos...






Qual uma rede,
Rede de
versos,
Palavras,
Rede de sonhos,
Rede de idéias,
Tecelã do mundo,
Tecelã dos atos,
Artista, Artesã
Construtora,
Tradutora do sentir,
Intérprete das ideias...




Quer pincéis ou lápis,
Giz de cera ou palavra,
Qual seja o instrumento,
É tramar, afagar, nutrir.
Fomentar o sonho,

Sonhar!

É dar-se
ao mundo em versos,
É ofertar-se ao mundo dos versos,

 


É poetizar!


 




 

No jardim da minha existência tem.... flores de amigos!

"Cada amigo representa um mundo em nós; um mundo possivelmente inexistente até a chegada deles, e é apenas no encontro com estes amigos que um novo mundo se inicia". Anaïs Nin, escritora, FRA, 1903-1977.
 

 

Seus, são todos os dias.

Mas vamos lá.

            Amanheci pensando em vocês, e no que poderia dizer em um dia assim, além do que sempre já expresso entre, risos, abraços, palavras e afagos?
            Pensei que no meu jeitinho tão “desajeitado de ser” nunca consegui efetivamente cultivar plantinhas, especialmente flores, que tanto gosto.      Porém observei que no decorrer desta minha existência por aqui, como um jardim, com flores das mais especiais, cultivei bons amigos, raros e belos, cada um no seu próprio traduzir.
             Olhei para dentro de mim, e os vi, todos, e fiz um longo passeio por entre cada flor que são vocês.
            Meu coração visitou e novamente se encantou com cada flor, umas tão antigas, quase não admiradas, mas completamente inesquecíveis para mim, outras mais recentemente plantadas, com cerca de uns dez anos, mas tão bem cultivadas, que permanecem viçosas, gostosas, outras especiarias que uma certa distância, a tal geografia, me impede de apreciar com mais freqüência, mesmo assim são espécies pelas quais me apaixonei e diferente das paixões comuns, ficaram em mim.
            Agora quase como uma borboleta, ou um beija-flor, visito flores que nunca toquei, beijei e abracei. Apenas os faço virtualmente, ainda assim pude sentir seus aromas e me afeiçoei.
            Flores poéticas, pétalas de exuberantes cores e verdadeiramente inspiradoras, com algumas delas aprendi mais do meu fazer poético, e retribuo com mil buquês de agradecimento.
            Flores que recentemente encontrei através outras queridas, e que tanto me agradei. Flores de outros continentes, milhas e milhas do meu observar,mas sempre em mim.
            Como tudo nessa vida, algumas murcharam, e só deixaram seus aromas e saudades.
            Hoje, pude sentir como é belo, diverso e gracioso o meu jardim!
           
Super grata porque vocês existem!
             Não posso os nomear, mas se você receber esta cartinha pode acreditar, é flor instalada no jardim de minha existência!

 


 Exupéry disse assim:


As pessoas têm estrelas que não são as mesmas. Para uns, que viajam, as estrelas são guias. Para outros, elas não passam d pequenas luzes. Para outros, os sábios, são problemas. Para o meu negociante, eram ouro. Mas todas essas estrelas se calam. Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!
(ANTOINE DE SAINT-EXUPÉRY)


 

É preciso que eu suporte duas ou três lagartas, se eu quiser conhecer as borboletas.

 

Foi o tempo que investiste em tua rosa que fez tua rosa tão importante
 

 
Se tu vens às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz.


“E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…”

 

“Tu te tornas eternamente responsável por tudo aquilo que cativas”.
 

 
“Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.”

 

“Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo já pronto nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!”

 

“Ela era uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, eu fiz dela um amigo, agora ela é única no mundo.”

 

“A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixou cativar.”

Carinhosamente, afetuosamente,

 
 

S. Francisco _ Minicontrix, republicação

       


São Francisco - Minicontrix



São Francisco (Rio)

- O que é?
- Não é mais...

- Foi.


Em 22/03/12
 

Um pensamento, reflexões, republicação



Um pensamento, reflexões... Reedição, publicado pela primeira vez em 27/08/2009.
 

Refletindo, acabo encontrando em mim as dúvidas que me suscitam ante as certezas que me circundam.
Há um debate acirrado, por vezes exasperado do COERENTE com o PASSIONAL. Há uma guerrilha constante onde cada corrente defende com unhas e dentes suas fronteiras.
As possibilidades de invasões são iminentes.
Templo envolto em polêmicas é quase como uma grande reunião onde líderes religiosos diversos querem provar e comprovar suas crenças, convencer o todo da conversão necessária.
Minhas pessoalidades diferem tanto entre si que extrapolam pontuações, demarcações, tamanha a multiplicidade.
Enquanto mediadora das partes busco convencer a mim mesma revelando o que há de bom em cada face quando até o desprezível pode ser reciclado, reaproveitado.
Gosto e cultivo as misturas, ainda que muitas vezes para muitos possa parecer ausência de bom senso. Nonsense.
Gosto e aprecio a diversidade, sempre quebrando rotinas e paradigmas, reformulando conceitos antes dados como únicos e certos.
Prosseguem incólumes as muitas lutas, guerras e ameaças de invasões interiores.
Ainda assim, é doce e leve o conduzir. Negociações sempre avançam.
Surge então um intenso e renovado revelar.

Agrada-me mais.
Assim pareço mais comigo.

 

*****

Este texto faz parte do Exercício Criativo - Auto-retrato
Saiba mais, conheça os outros textos:

http://encantodasletras.50webs.com/autoretrato.htm

Albuns de mim.....

 
O tema instiga. Quem não fez nunca um autorretrato? Ou diversos deles?
Somos seres em mutação, onde, em cada época cabe muito bem um autorretrato. Eu mesma já produzi  vários, em tempos e emoções diferentes, mas de alguma forma todos falam de mim.Um pouco do que sou.
Resolvi então fazer um “Mix” de alguns, extraindo um naco de cada.
         Deu no que deu.


Quão bela será a alma? (um Auto - Retrato ou um Auto - Desvendar) texto de: 17/06/07

 
... Na minha caixa pelas frestas passam sentimentos, derramam a luz transbordam emoções. Uma caixa diria atraente, refletindo o que contém: o melhor de tudo, o melhor de mim...
Um coração, uma alma e tudo que compõe essa sinfonia majestosa do criador... Por isso:
Não me pense só embalagem,
Não me tenha sua caixinha, Não me veja papel de embrulho ou presente...
Veja-me como algo que não se toca... Apenas posso e quero ser sentida,
Conhecida, descoberta,
Desvendada,
Quando me olhar, atravesse meus olhos, interprete meu sorriso e me saberá muito mais,
Encontre-me naquilo que você não pode ver,
Busque-me,
Atraia-me,
Encante,
Veja o meu essencial, me olhe com os olhos do teu coração...
 



Do texto: Um auto- Perfil, de 27/05/08.


...Sou assim,
Sou sol no fim da tarde,
Sou amor da lua,
Sou loba uivando meus orgasmos e minha eterna solidão.
Sou assim delicada, grande e desajeitada,
Que falo gesticulando
Que gesticulo falando.
 Sou real, intensa transbordante.
Derramada,
Sou eu, alagando.
Uma estranha poetiza maluca e a deriva mora em mim...
 



 Do texto: A personagem encarnada, de 29/05/08.



A personagem que me veste,

Meus amores são ofertados, derramados, caem em cascatas sonoras e não tem como evitar um alagamento. Maremotos em profusão.
Amo integralmente, nada de repartido,
Nada de doses nem parcialidades,
Amo com imensidão, gigantismo, irrefutável amor,
Incondicionalidade,
Amor cego,
Que não se dilui,
Denso... Fervilhante...




O texto na íntegra: de 07/09/2009
About me (about us...)



A mulher que sou está diluída naquilo que escrevo. Minha poesia é líquido que circula. É em mim. Está. Vive. Não nos dissociamos. Siamesas, respiramos pelo mesmo pulmão. Inseparáveis. Nunca repartimos, apenas completamos uma a outra. Ela me faz bem. Eu sou dela o veículo, canal. Ela é meu oxigênio, eu sou dela o respirar. Eu sou ela transposta. Transcrita.
Sem acordo de separação. Indivisíveis.


 


 Do texto: Um jeito Parauara de ser..., de 14/09/2009.

 

Um jeito PARAUARA de ser...
Só não nasci em montaria, mas cheguei ao lar pequenininha, cruzando essas baias revoltas, minha mãe me protegia enquanto a canoa quase virava e não consegui chegar ao porto, encostou-se à praia ao longe. Caia o céu em chuvas, e eu chegava meio às águas.
Chegava.
Vinha, filha das águas.
Amazonida genuína, clara na cor, de alma morena.
Vim e vivi meio aos afluentes, um Rio Amazonas inteiro cabe no meu prantear.
Brincando na praia só sabia dormir ouvindo os barulhos do mar.
Barulhos esses que interviriam e até hoje pactuam com o meu imaginar. Os ouço sempre, sem precisar na concha por os ouvidos.
Tenho o calor das terras daqui, de afetos sedenta, recrio todas as lendas, já que com elas vivi...


 





*****

Este texto faz parte do Exercício Criativo - Auto-retrato
Saiba mais, conheça os outros textos:

http://encantodasletras.50webs.com/autoretrato.htm




Vou - FIB , republicação

      


Vou

Sigo
Buscando
Uma ponte
Um sinal que seja
Um aceno que leve a ti.
 


26/10/10

Alerta e Apreensão -Tautotrix em "A" republicação

Alerta



Arroubos acelerando
Ardilosas ações
Água acabando







Apreensão

Avidez
Alimento, alento
Água...


22/03/12

Dezembro vindo.....

Daisypath Anniversary tickers
Monarch Butterfly 2

Escrevo para.........

Quando escrevo exorcizo fantasmas, é meio abstração e também minha realidade se despindo.Sou eu me confessando a mi mesma.

Um Poetrix ...verdinho......


Escrevo para....

Escrevo para por no mundo pequenas ânsias, escrevo para aportar desejos aflitos, escrevo para me salvar, é como Jogar as âncoras, o barco ora vai ao sabor das ondas, ora é a deriva....
Escrevo para acariciar as suas almas,e ser tocada por seus olhos impressos de brilho!
escrevo para Gozar,Flutuar, ser e merecer, Escrevo para seus delírios, seu deliciar!
Escrevo para vocês,
Agradeço seus olhos em mim, na minha ruptura poética!
Escrevo!

Muito grata por me sorverem as letras!
A todos que aqui passarem seus olhos, mentes e corações!
Rose

Sobrepondo Sonhos.....