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sexta-feira, 12 de março de 2010

Embate- Trovas



Embate( Trovas)

Repercutindo tristeza
Imensa desolação
Rebela-se a natureza
Sofre o homem, comoção.

Encontro com as Letras...........





Encontro com as letras


Marcamos aqui um encontro:

Eu e um rol de letras soltas,

Num toque de mágica elas se multiplicam,

E fazem o meu desejo verdade:

Juntas, de mãos dadas,

Abraçamos o universo.

Daí surge os versos.


Uno-me as letras e a infinda magia

Com elas parto, rumando ao abraçar

E somar a nós o real e a fantasia,

Construir, compondo nosso deleitar.


Por esse bem trabalhamos,

Destilando, vertendo suor e sal

Avessas ao tempo, nós vamos

Há castelos a montar lá no quintal.


Faremos das ilhas nossas moradias

Quer tendas, iglus, ocas, cabanas

Comporemos-nos com alegrias

Ser versos, não mais letras profanas.


Eu e as letras, inevitável encontrar

Letras e eu, vontade de estar juntas

Nós, em prol de um simples versejar

E tornaremos poesia, derivarão muitas...

Minha Belém em trovas - Cidade das Mangueiras






Minha Belém em trovas

Minha cidade é charmosa
Clássica e moderna igual
Cidade velha formosa
Arranha-céus sem igual.

Tem um traço interessante
De mangueiras enfeitada
Formando túneis gigantes
De sombra e verde, agraciada.

Lembrar sem fazer alarde
Se um encontro for marcar
Antes da chuva da tarde
Ou depois, é bom ressaltar.

Ditado na boca do povo
Se não chove todo dia
Cai chuva pelo dia todo.
Era assim que acontecia

Era assim antigamente
Agora isso já mudou
O clima está diferente
A chuva daqui cansou.

Mesmo assim é bem bonita
Minha morena Belém
Dos rios, águas infinitas.
De um povo alegre também.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Mulheres: A realidade de cada dia




Mulheres: A realidade de cada dia

“Sobre a mesa uma rosa meio amassada com um pequeno cartão escrito FELIZ DIA DAS MULHERES, na cadeira, sentada com as mãos cravadas no rosto ela chora, gotas de sangue misturam-se as lágrimas escorrendo pelo seu rosto. Mais uma vez, aconteceu...”.

(cena cotidiana)

Absolutamente nada tenho contra as flores, discursos emotivos, palavras doces proferidas num dia “Especial”. Mas também nada muito a favor, principalmente se ocultar ou tentar dissimular insatisfações, desejos e sonhos reprimidos pela grotesca violência, rito diário e sumário aqui e pelo mundo, praticada contra as mulheres. Escrevo hoje, as mesmas palavras que escreveria no dia 08, 09, ou qualquer dia de um mês qualquer.

Segundo informações elaboradas pelo Ministério do Trabalho e Emprego mulheres ganham em média 17,2% menos que os homens, e embora cada dia mais qualificadas, o percentual de cidadãs do sexo feminino ocupando cargos de chefia mesmo no serviço público ainda é inferior quando comparado ao de homens, apenas 11,7%. Quando se trata de mulher negra chega a perceber menos da metade do salário de um homem branco e se mulher portadora de alguma deficiência a diferença alcança 28,5% menos que os homens. É confirmado na estatística do MTE e IBGE que características como etnia, idade e/ou portar necessidades especiais influenciam diretamente nos salários e colocam a mulher em posição desfavorável no mercado de trabalho.

Verificando os dados do Portal Violência Contra a Mulher mesmo com o advento “Lei Maria da Penha” o número de mulheres agredidas, violentadas ainda é grande, a dominação masculina ainda trava um embate com a quebra do silêncio mesmo com o apoiamento as lutas dado pelas diversas legislações vigentes.

O Brasil é um dos países que mais abastece a rede internacional de prostituição através do tráfico e exploração de brasileiras (maiores e menores de idade) entre outros índices vergonhosos para todos nós.

Na China, os avanços sociais não acompanham os tecnológicos e o país carrega a marca constrangedora das práticas opressoras como bem retratou em seu livro “As boas mulheres da China” a jornalista Xinran, que através de um programa de rádio, penetra no universo das mulheres chinesas e obtém relatos e constatações de atos como casamentos forçados, abusos sexuais, torturas físicas e psicológicas, miséria, preconceito e humilhação tudo parte de um contexto político-cultural da China do século 20.

Baseado no Alcorão os maridos devem bater nas suas esposas, é o tema do livro cuja venda foi proibida na Espanha “A mulher do Islamismo” do imâme de fuengirola Mohamad Kemal que entre outras coisas ensina a “bater nas mulheres sem deixar marcas”. Segundo a doutrina islâmica o marido primeiro deve castigar a esposa desobediente e rebelde deixando-a sem sexo, se ela persistir na rebeldia ai sim pode bater na esposa.

Destaque aqui para algumas das leis existentes no Irã com referência às mulheres:

- Em casos de depoimentos e indenizações em tribunais, uma mulher vale a metade do valor que vale um homem;

- Em divisões de heranças uma filha mulher sempre recebe a metade da quantia recebida pelos irmãos homens;

- Meninas são obrigadas a casar com menos de 10 anos (pequenas noivas) e sofrem regularmente atos violentos e abusos por parte dos maridos;

-Todos os anos milhões de meninas mulçumanas sofrem mutilações genitais (infibulação);

- Pequenas noivas não recebem permissão de seus maridos para estudar, trabalhar e mesmo quando adultas só podem viajar se tiverem autorizações por escrita dos mesmos;

- Quando há o divórcio os maridos ganham as custódias dos filhos com mais de 7 anos;

- São proibidas de ocupar cargos como ministras e magistradas e somente em 2009 puderam ser candidatas à presidência, mas tiveram todas as 42 candidaturas vetadas.

Na seara da brutalidade retorno ao grotesco tema: Circuncisão feminina /Infibulação. Apenas na África segundo a OMS em torno de 90 milhões de mulheres são vítimas da mutilação genital. A repugnante prática que se reveste de falso contexto religioso se dá em meninas de 5 a 7 anos que vivem em regiões da Somália, Egito, Sudão e alguns outros locais do oriente Médio. São três os tipos de mutilação:

O tipo I: remove apenas uma parte do clitóris;

O segundo: extirpa o clitóris e os pequenos lábios;

O terceiro e mais comum: retirados o clitóris e os pequenos lábios os grandes lábios são raspados até sumirem, ponteados até que a vagina feche quase que totalmente restando apenas um mínimo orifício para urina e menstruação.

O ápice da barbárie é que tais procedimentos ocorrem sem anestesia, sem higiene e qualquer cuidado básico, por curiosas tidas como mulheres experientes da região. Muitas morrem por infecções e as que conseguem chegar à vida adulta têm problemas sérios e diversos com os maridos e com gravidez de riscos.

Mulheres:

Universalmente privadas dos direitos a escolhas;

Retratos de maus tratos familiares;

Vidas ceifadas pela prática de crimes absolutamente passionais;

Carvoeiras, cortadoras de cana, vivendo muitas em condições análogas a escravidão;

Trabalhos degradantes e mulheres aviltadas por todo o imenso Brasil.

O avanço foi algo significativo, votar, ser alfabetizada, avançar nas carreiras eminentemente masculinas, símbolo de lutas e reivindicações. Ainda assim, por pressões sociais, culturais muitas são silenciadas, amordaçadas com ou sem mordaças. Acorrentadas com ou sem correntes.

Imagino o dia que não precisarmos mais de um dia de reflexão, lembranças, homenagens.

Imagino um dia de menos humilhação e mais respeito.

Todos os dias, cada dia precisa ser de luta, enfrentamentos pessoais, ação e encorajamento para que algumas realidades, alguns índices dignos de vergonha possam ser modificados.

O dia 08 de março, internacionalmente instituído deve ser para refletir, não foi um luxo ou um mimo que culminou com a criação da data. Foi uma tragédia.

Que todos os dias possamos erguer um pequeno tijolo de um muro que nos separe em definitivo dessas duras e cruas realidades. Que nos façamos fortes e estimuladas, conscientizadas para recusar cada assédio quer moral ou sexual, repudiar cada ofensa ou desrespeito. Aptas a construir efetivos degraus que nos conduzam a condições mais igualitárias, menos humilhantes, quer no trabalho, na política, no poder, em família, na vida como um todo!

Neste caso, agradecemos as flores, até gostamos muito, mas diante dessa realidade não fazem tanta diferença.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Para teus olhos- Poetrix




Para teus olhos

Desabotoando
Deleite da imagem
Desejos em ti.


# Imagem obtida na Internet.

Desabotoando





Desabotoando

Ampla visão
Descortina-se
Morena tez.

Desabotoar - Tautotrix em " D"


Desabotoar

Desvendar
Devassando
Delírio, deleite.


# Imagem obtida na Internet.

Na pressa III e IV - SENSUALTRIX




Na pressa III

O fecho escancara
Expondo
Flor desabrochada...


Na pressa IV

Afoito arranca
Desnudando a seda
Tela descortinada.

Na (s) pressa (s) -Sensualtrix



Na pressa I

Tropeças
Arrancando
As peças...


Na pressa II

O fecho atrapalha
A mão se embaralha
Desejo desagasalha...

Águas - FIB

Águas

Chuva

Assolam

Destruição

Abundam enchentes

Desmoronando terra e sonhos.



Terra - FIb




Terra

Seca
Partida
Aridez
Abandono, fome
Perde o homem a dignidade.

sábado, 6 de março de 2010

Haicai 219





Haicai 219


Intensas queimadas

Agredida natureza

Ardendo ,morrendo.

Tanca 89




Tanca 89

Fora bela e azul
Admirável paisagem
Dura mutação.

Sofre a terra pelo homem.
Apela , reclama, grita.

Tanca 88





Tanca 88


Muda a natureza

Outrora fora equilíbrio

Catástrofes diárias.


Resultados esperados.

Por incoerência dos homens.

Haicai 218




Haicai 218

Clareiras imensas
Devassa devastação
Agoniza a terra.

Haicai 215




Haicai 215


Racha seca a terra

Árida acolhendo a morte

Tórrida paisagem.

Haicai 216





Haicai 216

Tremores diversos
Abre-se frágil o chão
Terra em Agonia.

Haicai 217




Haicai 217


Agonizam rios

Águas inundando tudo.

Mundo em descompasso.

Dor - FIB






Dor

Medo
Aflige
Agressão
Homem e planeta
No embate final, perderão.

O poeta e as palavras




O poeta e as palavras

Expressão intensa de todo sentir,
O poeta planta as palavras,
E as cultiva em seus férteis solos,
E em cascatas as expõe.
Compondo ricamente a pintura do universo.


Costura o poeta os dizeres advindos do coração,
Formaliza os verbos,
Formaliza em verbos, falados, escritos, cantados...
Os sentimentos pulsados no peito,
Grafa e grafando tatua, eterniza,
Por gerações seu contar a alma fará vibrar.


Tem o poeta o condão do exprimir,
A exata tradução, a sensibilidade,
Apondo na língua universal da poesia
Os anseios dos que amam: amor e desamor,
Risos e lágrimas, emoção que quer falar,
Mas não sabe dizer...
Vem o poeta e diz, fala, simplesmente.


É infinda a palavra do poeta,
Segue, cruza o tempo, fronteiras e oceanos,
Caminha, quer lenta ou veloz,
Repercute junto às estrelas...
È acolhedora e complacente,
Acalanto aos olhos mente e espírito...


É humana a palavra do poeta,
Revestem de afetos, os dias vãos,
Acresce a humanidade de cada ser,
E faz crer, faz valer,
Valer viver,


Poeta e Palavras:
Fundamentais,
Dispensáveis dizeres...
Expressão do mundo,
Ambos,
Essenciais...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Azuis- poetrix




Azuis


Transcendendo

Algo de celeste

Equilíbrio e paz...

Gira - Poetrix




Gira


Girando

Gira alegrando

Girassol...

Quando calo...



Quando calo...

Por vezes, ausento-me das palavras,
Para ficar a sós,
E escutar um silêncio que faz ópera em mim...

Calo, consentidamente...

Nesse instante vasculho o breu da saudade,
Das abissais e agasalhadas verdades,
Volto aos lugares onde empalhadas estão as lembranças,
E assim revigoro as desidratadas alegrias,
Restaurando o que é desfeito pelo tempo.

No âmago, permissivamente...

Por épocas necessito estar muda,
Lacrada de vozes e vazios,
Careço de vedar pensamentos vãos,
Regressa nessa turva viagem,
Introspecta,
Inversa.

Cesso, passivamente...

Há momento em que ensurdece o calado eco do meu ser,
Ruidosa lacuna,
Abstida que sou de quem fui...
Então me aparto,
Necessário que é um estremar.
Delimito o trilhar interior,
Sou parte, re-partida,
Intriga da partilha.
Percorro uma ou mais vidas...

Rompo-me, inadvertidamente...

Tem dias e mais dias que me acho intrusa em mim,
Aquém do espectro que me molda,
Busco indicar a saída,
Intento fechar-me para fora desse labirinto.
Perder as marcas que simulam a volta...
Apagar da memória o próprio chão.

Aniquilo-me, condescendente...


Há um tempo de pleno padecer,
De flagelo e submissão
Ao que dilacera,
Dores de penúria,
Do corte, da fúria,

Da estridente,
Aviltante,
Condoída e condizente
Atroz e aparente,
Algoz,
Pesarosa...


Implacável


Inexorável solidão.

Dezembro vindo.....

Daisypath Anniversary tickers
Monarch Butterfly 2

Escrevo para.........

Quando escrevo exorcizo fantasmas, é meio abstração e também minha realidade se despindo.Sou eu me confessando a mi mesma.

Um Poetrix ...verdinho......


Escrevo para....

Escrevo para por no mundo pequenas ânsias, escrevo para aportar desejos aflitos, escrevo para me salvar, é como Jogar as âncoras, o barco ora vai ao sabor das ondas, ora é a deriva....
Escrevo para acariciar as suas almas,e ser tocada por seus olhos impressos de brilho!
escrevo para Gozar,Flutuar, ser e merecer, Escrevo para seus delírios, seu deliciar!
Escrevo para vocês,
Agradeço seus olhos em mim, na minha ruptura poética!
Escrevo!

Muito grata por me sorverem as letras!
A todos que aqui passarem seus olhos, mentes e corações!
Rose

Sobrepondo Sonhos.....